Com o final Jogos Olímpicos de Paris, onde atletas de várias nações mostraram ao mundo suas habilidades e dedicação. A próxima edição acontecerá entre os dias 14 de julho e 30 de julho de 2028 em Los Angeles, exatos 44 anos após a última olímpiada realizada na cidade americana.
Nesta edição de 2024 o Brasil retornou para casa com 20 medalhas ao total, sendo 10 de bronze, 7 pratas e 3 de ouro, marcando assim a segunda melhor participação do país na competição. Isso vem a despertar em todo pequeno atleta o sonho de representar o Brasil nas próximas olimpíadas, porém em que dado momento da vida, há evidencias de como identificar esses possíveis atletas e quando se dá conta de que estão diante de uma promessa olímpica?
O doutor especialista em Saúde do Esporte, André Valente Lage, que acompanha de perto o desenvolvimento dos atletas olímpicos brasileiros, comenta como se dá essa iniciação no mundo do esporte. “Nós temos 20% do código genético herdado da família, mas isso não exclui crianças sem atletas na família, porque sabemos que os fatores ambientais, fatores de estímulo aos quais essa criança será submetida durante a vida, isso realmente poderá definir que tipos de atividades ela terá mais propensão e habilidade de desenvolver, e se dentro dessa habilidade, ela está ou não dentro de um grupo seleto de atletas de alto nível”, explica ele.
Para um atleta chegar às grandes disputas esportivas, é primordial darmos ênfase aos primeiros passos, ou seja, o alicerce para sua boa performance. “Aos cinco, seis anos de idade, geralmente é uma idade que falamos de inicialização, ou seja, vamos prescrever para a criança exercícios mais voltados para a parte de recreio, lúdica e ele não terá, a princípio nenhuma competição. A partir dos oito anos de idade, até aos quinze anos, nós já entramos em uma fase de formação, é uma fase importante porque começamos a ter um desenvolvimento e crescimento físico da criança (…) Dentro desse estágio de formação, nós já começamos a definir se a criança tem uma perspectiva de entrar em uma fase de competição.” explica. Depois, estes pré-adolescentes passam para um estágio de acompanhamento com especialistas para orientarem o melhor procedimento para o bem estar dos futuros medalhistas.
Segundo Dr. André, o médico do esporte atua com os atletas desde jovens tratando-os de forma muito intensa para a prevenção da saúde física e mental desse indivíduo, cujo objetivo é criar um maior potencial de crescimento e desenvolvimento para atingir o maior potencial desse futuro competidor. O profissional de medicina esportiva, está ansioso pelo início dos jogos. “Toda Olimpíada é uma quebra de barreira, nós sempre temos recordes, que nunca imaginamos que haveria, nós vemos técnicas dentro do esporte que mudam, em cada edição, nós começamos a ter esportes em áreas em que não estávamos acostumados e nós médicos do esporte começamos a estudar aquela modalidade”.
Incentivar é o primeiro passo
Desejar ter um filho ou filha atleta olímpico, não é, necessariamente o caminho do sucesso. Pais e familiares devem acompanhar de perto a vida esportiva dos filhos e incentivá-los no caminho do desenvolvimento esportivo, mas sempre preservando a saúde da criança e do jovem. Se identificado essa possibilidade de ser tornarem o futuro do esporte olímpico brasileiro, é essencial procurar por um médico para ajudar no acompanhamento e desenvolvimento. “Quanto mais a pessoa buscar ter performance, intensidade, e volume no esporte, mais ela precisa ter cuidado”, finaliza. É de suma importância expressarmos que o esporte é a maior ferramenta de promoção de saúde que temos no mundo. Logo, os Jogos Olímpicos trazem também a relevância sobre bem-estar e vitalidade. “Vamos torcer por nossos atletas, e que sejam cada vez mais exemplo para todos nós”.
Pablo Prospero 11 9 64897038 [email protected] pabloprospero_